Não sei o que seria de mim sem as lutas,
Sem as batalhas do dia a dia,
Sem as contrariedades, adversidades...
Se não houvesse a teimosia de alguém.
Ah! Tem de ter alguém,
Para ser o mal nosso de cada dia,
Aquele espírito irrequieto,
Que nos esbofeteia com suas objeções.
Cada dia tem seu fardo, e seu dardo...
E um chato de galochas e castanholas,
Para ficar azucrinando até mais não poder,
Sempre testando os limites capengas da nossa santa paciência.
E haja paciência!...
Mas são justamente os teimosos que fazem o amor valer a pena.
Nem queira amar alguém que é chocolate e doçura.
Tem que ser meio oito e meio oitenta,
Chocolate com pimenta, senão ninguém aguenta.
Não sei o que seria de mim sem os fardos,
Meio doces, meio amargos, fardos, sempre fardos.
Como eu seria um vencedor?
Por isso cada dia tem a sua cruz e a sua luz,
E é preciso ter o brio que se espera das almas heroicas,
Pois amar os doces, até os insetos [amam];
Mas a rudeza só pode ser amada por uma grande virtude.
Marcos Suzin. (10.03.2014, 20H56min).
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