sábado, 31 de dezembro de 2011

Renovo dos Anos.

Eu nunca quis esquecê-la.
Nunca tentei, na verdade.
Sempre mantive esta chaga aberta,
na secreta esperança que você me buscasse.

Minha vida tomou rumos contrários ao meu querer.
Sempre pensei que pudesse voltar.
Ledo engano,
Malogro sem fim.

Conheço todos os seus males,
Suas pechas não me são ocultas.
Mas não a julgo, nem a condeno,
Porém a aprisiono, no claustro ditoso do meu coração.

Queria poder vê-la outra vez,
E como outrora encantá-la com minhas palavras.
Lembra?
Como poderia esquecer?!

Por ora só me resta esperar mais um renovo dos anos.
Na esperança de vê-la outra vez,
Nem que seja pela fresta estreita de uma janela capenga,
onde meus olhos veem, o que meu corpo nunca mais vai sentir.

(Marcos Suzin in marcos-suzin.blogspot.com)