domingo, 27 de novembro de 2011

Alma Solitária.


Alma solitária, quem te conhece?
Somente Aquele que jamais te deixou só.
Tu és - oh! Alma solitária – luz para ti, luz para tantos.

Carregas um peso esmagador,
Um fardo de opressões,
Com angústias, incertezas e preocupações.

De ti dependem tantos,
Ingratos que nem percebem...

Alma solitária, quem explica este ódio com que te premiam?
E o desprezo e a indiferença?

Somente o Amor Marior poderia explicar,
Mas, por ora, não o faz.

Mas o certo é que vives na Luz, a Luz do Mundo!
Sofres na imitação do verdadeiro e único Amor,
Um sofrimento silencioso,
Nos recônditos mais profundos do coração.

Ninguém vê,  nem poderia.
Mas quem tiver de ver, verá!
Aquilo tudo que vês com os olhos da fé.

A eternidade fará refulgir teus méritos,
Mais que o sol,
Como se este fosse uma chama extenuada,
Uma centelha débil ante tua luz.
(26-11-2011 - 14 horas)




sábado, 19 de novembro de 2011

Tempo de Despertar.

Tempo de Despertar




Se ao menos pudesse despertar as almas que dormem nesse sono de pedra.
Se ao menos pudesse acordá-las!!!!!!
Por certo seriam gratas um dia, quem sabe!?
Mas quem poderia retirá-las deste sono letárgico?
Quem poderia interromper o repouso inoportuno destes que hibernam enquanto o combate se acirra mais e mais??

Só o Espírito poderia despertá-las!
e acometê-las de uma sede angustiante,
que só a Água Viva consegue satisfazer.

Se ao menos pudesse acordá-las!
ainda que irrompesse e as assustasse,
Por certo perceberiam,
que o mundo todo está passando,
e precisamos plantar a semente da vida,
antes que a morte chegue,
pois aí não haverá mais tempo, nenhum sequer.

Quem dera as sacudisse, essas almas todas,
como o vendaval que açoita as árvores,
deixando o fruto maduro cair.
Mas elas dormem, ainda mais, como estátuas,
inanimadas.
Não vigiam, não velam,
nada lamentam agora,
tudo que chorarão depois.

Quem poderia despertar estas almas?
Senão Aquele que renova a face da Terra.

(Marcos Suzin, 1-11-2011, 23:12)

Suplício.

Eu sempre aceitei  as minhas dores,
E o sangue que brota do meu coração dilacerado.
Queria que fosse por meu Eterno Amor.

Repudio esta paixão mundana,
Que me escraviza e encoleriza.
Que me fez cativo,
E me tortura,
Pela pronúncia inoportuna e pertinaz do teu nome.
Ah! O teu nome!

É um espírito das trevas,
Destes espalhados pelos ares,
Que sussurra teu nome a todo instante,
E me constrange sempre a lembrar de ti.

E nisso consiste a atrocidade,
De torturar-me pela pronúncia incessante do teu nome.
O nome que escrevi  precipitadamente
Na casca ressequida do meu coração,
E que nem o tempo,
Nem o vento,
Nem o pensamento,
Conseguem apagar.

(Marcos Suzin, 19-11-2011, 12 horas)