sábado, 17 de novembro de 2012

O tempo não me pertence...


O tempo não me pertence...

Eu me pergunto:
Quanto tempo?
Quanto tempo ainda terei de permanecer
sem ver aquilo que vejo o tempo todo?

O tempo que for...
O tempo que for preciso...

Mas continuo vendo,
mais ainda com os olhos fechados.

E eu queria ver (também) com o olhos abertos.

Porém há um singelo véu que esconde,
aquilo que já descobri com os olhos da alma...

E eu me pergunto:
Quanto tempo?

O tempo que for,
O tempo que for preciso,
O tempo não me pertence...

(Marcos Suzin - 17-11-2012, 10 horas)

domingo, 7 de outubro de 2012

A Sábia Loucura [São Francisco "Doidin" de Assis]

Só podia ser um louco,
Doido da cabeça.
Filho de um riquíssimo comerciante,
Resolveu deixar tudo para servir a Deus na irmã pobreza.

Viver o Evangelho ao pé da letra...
Só pode ser coisa de LOUCO.
São Francisco só podia ser louco, completamente louco.
Deixar uma vida de confortos e muitos mimos.
Isso sem falar nos prazeres...


Ah!... só podia ser um louco esse tal de FRANCISCO!...
Tirar os amigos dos botecos e das tabernas para fazê-los pobres...
Diga que não eram loucos esses também.


Sofrer perseguições, ameaças de morte na fogueira,
E levar a bênção de Deus àqueles que ninguém mais lembrava,
E ainda chamá-los irmãos;
Contentando-se só com o pão de cada dia........
Só podia ser um louco esse tal de FRANCISCO.


Depois de reunir muitos seguidores,
Não deixava sequer que eles estudassem,
Pois o Evangelho bastava,
E Jesus nunca foi estudado nas universidades...


Diga que não era louco, completamente louco, este FRANCISCO....
Mas era LOUCO DE DEUS....


E como o mundo precisa desses LOUCOS hoje.
Pois tudo o que é mal, imoral, degradante virou NORMALIDADE.
Então temos nós também de ser LOUCOS, loucos como FRANCISCO.
Que era LOUCO DE DEUS....

Um Amor que Dure para a Eternidade...


Que estranha solidão que sinto;
Inusitado silêncio que eu mesmo desejo.
Quando sinto saudades, eu busco,
Mas quando encontro, me perco...
E não mais sei o que fazer.

Que bom estar a sós com quem se ama,
Mas, melhor ainda, é amar estar a sós.
Pois quem me ama não tolera o bulício do mundo,
Nem a murmuração contínua,
e os burburinhos.

Se há algo que eu não faço, é o que quero,
Pois minha vontade já não importa mais.
Renunciei, há muito, ao meu próprio parecer.
A fim de que em mim aconteça.
O que Meu Amor quiser.

E nisso consiste esta solidão.
Em estar só, mesmo não estando.
E a estranha solidão que sinto,
É o inusitado silêncio do meus desejos.
De alcançar na vida um amor que dure para e Eternidade.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

...Um dia Pensei que Fosse Amor


Ingênuo como uma criança que se encanta com uma cobra coral,
Assim eu te busco em meus devaneios.
É como se estivesse entorpecido e inebriado,
E até desejoso pelo teu mordaz veneno.

Que amarração maleva, que sina!
E eu ainda te desejo,
Em longos e sufocantes amplexos,
Recheados de ósculos intermináveis,
Mesmo sabendo que isto seria a morte para mim.
Uma morte eterna...


Mas o que não consigo compreender,
É que me chamas, e me arrastas, porém desvias o olhar,
Demonstrando ojeriza e desprezo,
Como se teu único desejo fosse me destruir.
Insciente que a minha ruína é a tua também.

Mas em meu socorro vem Mão Providencial,
Que retira a trave diante de meus olhos,
Alerta-me contra tua sanha mortal,
E devolve-me o livre arbítrio e as rédeas do destino,
Desperta-me.

Tu, porém, és pertinaz e empedernida,
Não te contentas com causar pequenos males,
É preciso uma ruína completa.
E eu ainda te busco,
Com se estivesse embriagado e prenhe de torpor,
E até desejoso pelo teu mordaz veneno,
Que um dia pensei que fosse amor.



Marcos Suzin; 12-09-2012, 18 horas.