sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Chama do Teu Amor em Mim.

Refiz todos os meus passos;
Repassei todo o meu caminho.
E, por mais que me esforçasse,
Não houve quem apagasse,
A chama do teu amor em mim.

Relembrei todas as minhas lágrimas;
Chorei-as – todas - novamente;
E ainda que em ojeriza eu - te - lembrasse;
Pouco a pouco renasce;
Ávida e forte tua lembrança em mim.

Por mais que eu lute contra esta paixão;
E busque consolo no Amor Maior;
Explode eruptiva a tua lembrança;
Ousada e cheia de esperança;
De reencontrar aquilo tudo que desprezou.

Que queres? Já perguntei tantas vezes;
Não ouvindo nada, a não ser o desprezo;
Mágoa candente que provoca ruína;
Lamentos constantes pela triste sina;
Que me acometeram ao teus adeus.

Tua lembrança é como as ondas do mar;
Vem e vai, num ritmo lúgubre, que percute lágrimas.
Uma enfadonha e pertinaz orquestra,
Onde tudo o que me resta.
É o desejo contido de tentar te esquecer.

Mas aí recomeça tudo outra vez;
Tudo traz à tona tua lembrança.
A doce jovialidade que tinhas;
E – por certo – não tens mais.
E eu me pergunto quando tudo isso terá fim.
Quando, de fato, estará extinta;
A chama do teu amor em mim?