domingo, 16 de março de 2014

Viagem para dentro de si...

Eu prometo,
Um dia estará diante de Mim, apenas Eu e você.
E onde Eu estiver aí também você estará.
Nesse lugar, ninguém o agredirá, nem resistirá.
Ninguém se queixará de você,
Pois estaremos nós, somente nós.

Eu o acolherei como alguém que me é caro,
Alguém que mora no meu Coração.
Nunca mais se levantará hostilidade alguma contra meu rebento.
E aqueles que o odeiam nada poderão fazer-lhe.

Na morada que preparei, fará sempre sua vontade,
Pois ela estará absorvida pela Minha!
Nunca ouvirá "não", e não será saturado de críticas.
Murmuração alguma chegará ao seus ouvidos.
E cobrirei você com a glória que é Minha.

Entretanto, por ora, é mister que um manto de escárnio o cubra.
Que seja saturado de incompreensões até não mais suportar.
É necessário que tenha a Minha semelhança e a Minha aparência,
Para que todos vejam Minha presença em você.

Necessário, ainda, é que se volte para dentro de si, e que Me encontre.
Pois estou mais perto do que você possa imaginar.
As distrações exteriores causam-lhe a tristeza que sente,
Mas a viagem para dentro de si,
para o seu interior,
fará com que Me encontre assim como Eu sou,
E como eu quero que você seja.

(Marcos Suzin, 16-03-2014, 11 horas)

terça-feira, 11 de março de 2014

Faça o amor valer a pena...

Não sei o que seria de mim sem as lutas, 
Sem as batalhas do dia a dia,
Sem as contrariedades, adversidades...
Se não houvesse a teimosia de alguém.

Ah! Tem de ter alguém, 
Para ser o mal nosso de cada dia,
Aquele espírito irrequieto,
Que nos esbofeteia com suas objeções.

Cada dia tem seu fardo, e seu dardo...
E um chato de galochas e castanholas,
Para ficar azucrinando até mais não poder,
Sempre testando os limites capengas da nossa santa paciência.
E haja paciência!...

Mas são justamente os teimosos que fazem o amor valer a pena.
Nem queira amar alguém que é chocolate e doçura.
Tem que ser meio oito e meio oitenta,
Chocolate com pimenta, senão ninguém aguenta.

Não sei o que seria de mim sem os fardos,
Meio doces, meio amargos, fardos, sempre fardos.
Como eu seria um vencedor?
Por isso cada dia tem a sua cruz e a sua luz,
E é preciso ter o brio que se espera das almas heroicas,
Pois amar os doces, até os insetos [amam];
Mas a rudeza só pode ser amada por uma grande virtude.

Marcos Suzin. (10.03.2014, 20H56min).